Olímpicas
Imagens de competidores de muitos cantos do planeta reunidos em espaços distribuídos na talvez mais famosa cidade do mundo ocidental.
A Paris de grandes acontecimentos históricos parece abraçar os talentos de jovens capazes de façanhas para poucos mortais. Com poucos vitoriosos medalhistas concorreram personagens da modesta participação da brasileiros numa tabela assustadora de proporções incomparáveis no cômputo geral diante dos competidores chineses e americanos por exemplo.
Nada poderia mesmo assim turvar o brilho de meninas que trouxeram medalhas para a coleção das brasileiras olímpicas.
Posso entender a competição como estágio de busca de superação de limites físicos, mentais, emocionais num diapasão de raro toque para uns poucos. A esmagadora maioria faz enormes esforços pra ser alguém comum com alguma saúde nessa áreas ainda quando provinientes de marcas de diversidades específicas da ordem da limitação física, principalmente, mas também ligadas às distinções de gênero e cor por exemplo.
Acréscimos éticos que o cenário parisiense atualiza como centro irradiador ou confirmador de mudanças incontornáveis nos paradigmas -já não tão demasiado humanos assim, como talvez meditou Nietzsche.
Seria, por certo, ousadia insuportável ainda apesar desses deuses olímpicos e seus esforços, olhar as performances indígenas de todos os continentes com um crivo justo e situado não menos do que em seus próprios habitats... Se analisados os circuitos organizados para a circunscrição das atividades caracterizadas como atléticas surpreende que os talentos jovens se adequem e submetam contrariando suas naturezas no auge de seu desenvolvimento e liberdade.
Como todos que as assistem, comemoro; mas precisei parar para pensar se tem mesmo que seguir sendo assim.
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